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Deputado Waldemar Borges critica elevação da cota de importação de álcool americano com isenção tarifária

O deputado Waldemar Borges (PSB) criticou duramente, ontem (9), na Assembleia Legislativa, a decisão do Governo Federal de aumentar em 150 milhões de litros a quantidade de álcool etanol que poderá ser importada dos Estados Unidos com isenção da alíquota de importação de 20%.

Para o deputado, essa decisão do governo Bolsonaro desiquilibra o mercado e traz prejuízos aos produtores brasileiros, sobretudo os nordestinos, configurando-se em um ato de subserviência aos Estados Unidos, uma vez que atende a um pedido feito pelo presidente Donald Trump para ampliar as vendas dos produtores norte-americanos, em detrimento dos produtores brasileiros.

“Anteriormente já existia autorização para que entrassem no Brasil 600 milhões de litros de álcool americano sem pagar os 20% do imposto de importação. Era reivindicação dos nossos produtores que essa alíquota fosse extinta, uma vez que os norte-americanos já são subsidiados no seu país de origem e isso terminava tirando a competitividade do produto brasileiro. Ao invés de acabar com a cota de 600 milhões não tributáveis, o governo aumentou essa cota para 150 milhões de litros”, frisou o deputado.

Para Borges, essa atitude fere frontalmente os interesses nacionais, configurando-se em uma atitude altamente contraditória de um governo que se diz nacionalista, mas claramente cuida dos interesses norte-americanos. “E o pior: os Estados Unidos mandam fazer isso através do filho do presidente, aquele que pretende ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos, em recado que ele trouxe depois de participar de uma reunião naquele país”.


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