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Secretário de Saúde divulga prestação de contas para deputados na Assembleia

Os investimentos em saúde pública no Estado mantiveram-se acima do mínimo previsto pela Constituição Federal no primeiro e no segundo quadrimestres deste ano, apesar da crise econômica que tem afetado todo o País desde 2015. Os dados foram apresentados à Comissão de Saúde, nesta quinta (13), pelo secretário estadual da pasta, Iran Costa, que fez a prestação de contas relativa ao período.

Apesar de queda em relação ao mesmo período do ano anterior, que teve investimento de 15,16%, no primeiro quadrimestre de 2018 o percentual foi de 14,02%, chegando a 14,96% no segundo período do ano. Um acréscimo de R$ 160 milhões em relação ao segundo quadrimestre de 2017. “Pernambuco foi destaque no Nordeste, num cenário em que Estados como Rio de Janeiro e Ceará não conseguiram cumprir o requisito constitucional”, avaliou. No primeiro quadrimestre de 2018, foi possível verificar um aumento de 4,2% no número de centros de hemodiálise e 2,3%, de oncologia. “No próximo sábado, um novo centro oncológico será inaugurado em Caruaru”, destacou. De acordo com o gestor, o processo de interiorização também foi evidenciado, com a entrega do Hospital Dom Tomás, em Petrolina (Sertão do São Francisco), já no segundo semestre.

Costa comentou também a sinalização feita pelo futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, de priorizar a atenção primária. “Faço votos para que isso se concretize, porque é muito importante que seja esse o foco das políticas públicas na saúde. Ou se faz investimento em saúde básica ou vamos continuar enxugando gelo.” Acerca do fim do convênio entre Brasil e Cuba para o Mais Médicos, o secretário disse ter lamentado a decisão: “O programa conseguiu fixar profissionais em locais de extrema dificuldade. Quem vai sentir é a população mais carente, de municípios menores e mais distantes”.

Os dados referentes a transplantes de órgãos mantiveram-se estáveis e são destaques nacionais, mas o gestor afirmou que daria para fazer mais. “A taxa de famílias que se recusam a fazer doação ainda é alta”, salientou, reiterando a importância de maior informação sobre o tema. Em setembro, a Alepe realizou a Campanha Setembro Verde, incentivando doações de órgãos. Outra área que precisa de atenção, na análise dele, é a vacinação. Pernambuco conseguiu cobertura de 87,48%, mas “existe uma onda na Europa e nos Estados Unidos de tendência à não vacinação, o que tem preocupado”. “Doenças erradicadas estão voltando. A França hoje tem mais casos de sarampo do que o Brasil”, frisou.

Também tem sido comemorada pelo Governo do Estado a queda da mortalidade materno-infantil nos últimos dois anos, no mesmo período em que o número aumentou no Brasil. A quantidade de partos normais, que chegou a 58,24% no primeiro quadrimestre e a 55,57% no segundo, foi comentada. “É importante o investimento em saúde básica justamente para garantir que mais mulheres cheguem ao momento do parto com condições de evitar a cesariana. O pré-natal é muito importante para isso, prevenindo a evolução de diabetes gestacional, pré-eclâmpsia e até infecções urinárias”, apontou.

Nomeações, capacitações e concursos foram pontuados também. No primeiro quadrimestre, 215 profissionais foram convocados e 1.254 foram capacitados. A abertura de mil vagas, de nível médio e superior, por meio de concurso público no mês de outubro, foi elencada. Apesar de o número de notificações de arboviroses ter reduzido drasticamente em relação a 2016 – quando os casos de microcefalia motivaram a criação de Comissão Especial na Assembleia –, o secretário alertou para a importância de “não baixar a guarda”. Foram quase nove mil notificações de dengue no primeiro quadrimestre. As de zika chegaram a 225 casos, e de chicungunha, a 1.117. O segundo quadrimestre teve 17.765 notificações de dengue, 717 de zika e 2.524 de chicungunha. “Trata-se de doenças cíclicas que continuam circulando e podem voltar a acometer novamente”, alertou.


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