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OPINIÃO DO PERNINHA

Governo malabarista

A famosa (LRF) – Lei de Responsabilidade Fiscal, foi criada na esteira do Plano Real para punir severamente o administrador público que ultrapassasse limites claramente fixados por ela. Não sem motivo que os países que adotam e, principalmente, cumprem essa política de gestão fiscal são bem vistos pela comunidade internacional.

Mas, por aqui, as coisas funcionam ligeiramente diferentes, ou seja, se der a gente cumpre; se não, qual o problema? 
Por menos que seja novidade e por mais que se queira minimizar seu significado, o projeto de lei enviado ao Congresso para alterar a(LDO) Lei de Diretrizes Orçamentárias/2014 é a confissão do perigoso fracasso. O que o Planalto está pedindo é autorização para abandonar o compromisso firmado com a sociedade de economizar este ano R$ 80,8 bilhões (eram 116,07 em janeiro), para, com isso, evitar o crescimento da dívida pública. Essa economia é o que a legislação vigente e os economistas chamam de superávit primário. Trata-se de tudo que o governo deixaria de gastar para diminuir o tamanho do rombo acumulado em décadas de despesas maiores que as receitas.
Esse filme das contas públicas vinha se desenhando desde o segundo trimestre do ano, com uma administração mentirosa, que usou e abusou de brechas contábeis para maquiar dados oficiais e confundir a sociedade. Mesmo assim, o governo não conseguiu êxito, haja vista, a sua irresponsabilidade ser superior ao compromisso ético, deixando bem claro para toda a Nação o desastre na condução da política fiscal.Se houvesse seriedade no trato com as coisas públicas, as prioridades funcionariam de forma diferente, ainda mais quando se tinha pela frente um projeto de reeleição. Faltou austeridade por parte do executivo e sobrou desrespeito ao povo brasileiro.
Qualquer cidadão responsável, ao perceber perda em sua renda, passa a conter gastos em vez de se endividar. Não foi o caso do nosso governo. Pelo contrário, permitiu que os gastos superassem continuamente as receitas. Mais de uma vez, usou a válvula de escape de abater o valor dos investimentos do total da meta de superávit, até que, em setembro, não conseguiu evitar um rombo de nada menos do que R$ 20.399 bilhões.
No momento, o mais cômodo foi confessar que não fez o dever de casa e pedir a redução das tarefas ao mínimo possível. Dessa forma, o governo deixa de ser punido e joga o prejuízo para a sociedade.
Bem feito, quem manda não saber votar. Se outorgamos poderes a esse mesmo governo, por mais quatro anos, com certeza, estamos satisfeitos. Sendo assim,cruzemos os braços, sentemos na cadeira da frente e esperemos a banda passar. O que ela vai tocar não importa. E viva à Democracia.

Por: Danizete Siqueira de Lima


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