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OPINIÃO DO PERNINHA

A reversão dos números
Faltando apenas uma semana para o pleito eleitoral que definirá os destinos da nossa nação por mais quatro anos, é quase impossível fugir do tema político e das questões que envolvem todo o processo democrático. Assim sendo, pegamos um gancho em uma matéria de Dora Kramer, da Folha de Pernambuco, com as considerações abaixo.
Ainda que o PT consiga renovar sua permanência por mais quatro anos no Palácio do Planalto, o partido não será o mesmo após as eleições que se avizinham. Sairá dela menor do que entrou. Talvez não de maneira significativa do ponto de vista numérico em relação a deputados e senadores, mas certamente sob o aspecto político e principalmente no que diz respeito à meta que o PT se impôs quando, em outubro de 2002, ganhou nas urnas seu primeiro passaporte de acesso ao poder central.
A idéia era construir uma hegemonia política, de forma que o partido fosse o centro desse universo em torno do qual as legendas ditas aliadas girassem, sem brilho próprio, nem força suficiente para sobreviver de maneira independente. A oposição, pelo plano, deveria ser reduzida a uma significativa formalidade para assegurar a aparência democrática.
Graças à firmeza das instituições, à liberdade de imprensa, ao excesso de sede ao pote que levou o PT a escancarar demais seus projetos de controle, provocando reação contrária, e à ambição que despertou revolta nos partidos da coalizão, o projeto não prosperou conforme o esperado.
Isso se expressa na dificuldade que a candidata à reeleição está enfrentando e aparece também no quadro das disputas estaduais. Se não, vejamos: dos 26 Estados e mais o Distrito Federal, o PT esteve em primeiro lugar em apenas quatro deles, sendo que só em Minas Gerais tem peso político e densidade eleitoral.
Tal fragilidade vai se refletir no Congresso. Se ganhar a Presidência, os atritos que arrumou com os parceiros na tentativa de fazê-los submissos apresentarão a fatura. Se perder, deve se preparar para enfrentar a fuga daqueles que aderiram por interesse e não são adeptos da dieta de pão e água.
Pelo sim pelo não vamos aguardar o desfecho de 05 de outubro ou um provável segundo turno, quando cada partido irá fazer uma avaliação e procurar o seu novo destino. Uma coisa é certa e não temos como fugir: já passou da hora de promovermos uma ampla reforma política onde o processo democrático seja moralizado e a isonomia entre os concorrentes a cargos eletivos passe a ser a palavra de ordem.
Por: Danizete Siqueira de Lima

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