Vai poeta, senta ao lado
De quem te fez cantador
E cante mais mil baiões
Duplado com o Senhor
Que agora a criatura
Juntou-se ao Criador
Soube da notícia logo cedo, mas estava viajando e só agora paro pra refletir um pouco. Mas não há o que se diga porque é impossível dizer o que se sente quando se sente profundamente. João foi um dos grandes ídolos que se tornaram amigos. Que privilégio!
Digo amigo porque além dos bons momentos vividos dentro e fora da poesia, vivemos um momento ímpar. João contou-me muita coisa sobre sua vida. Na metade da conversa já estávamos chorando, tamanhas foram as dificuldades vividas pelo menino, rapaz, homem e iniciante na cantoria. Mas ele persistiu e venceu a tudo. E acho que a todos também.
Dali eu pensei em escrever um livro pra mostrar o João que só os amigos conhecem. Ele concordou com uma ressalva: “poeta, faça uma coisinha pequena, do meu tamanho mesmo… não faça aqueles grande, pesado, não.” Eu disse e digo: mas João, cada verso teu já é grande e pesado, não importa o tamanho do livro.
Foi por SER poeta em essência que batizei o trabalho de “João Paraibano, poeta pela própria natureza.” Tá com o ilustrador e a ideia era lançar no próximo dia 11 de outubro, eu seu tradicional festival aqui em Afogados.
Mas sei lá, o livro era dele… Vamos ver, vamos ver…
Por: Alexandre Morais, no triste dia de 02 de setembro de 2014