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OPINIÃO DO PERNINHA

Propaganda eleitoral
A menos de quinze dias para a realização das eleições, perguntamos: a quem serve esse modelo de propaganda eleitoral que vimos assistindo? O que percebemos nitidamente é que não existem vínculos entre os candidatos e os eleitores, ou seja: boa parte do eleitorado brasileiro não recorda sequer os nomes dos parlamentares por ele votados no último pleito. 
Em países que adotam o voto distrital esse vínculo/compromisso se torna uma realidade salutar na política. Aqui muito se fala em reforma política, mas, com raríssimas exceções, o tema não é abordado pelos políticos.
O que assistimos em período eleitoral é uma inundação de cavaletes, santinhos, cartazes, pichações em áreas abandonadas pelo poder público e uma procissão de bandeiras que variam de acordo com a condição financeira de cada candidato. No rádio e na televisão, os famosos guias eleitorais trazem a mesmice de sempre: candidatos sem qualquer proposta de governo consomem o seu tempo atacando os adversários e/ou partidos políticos, sem nada acrescentar que possa ajudar na decisão do eleitorado.
Por essas e outras hei de concordar com o que disse um colunista do Diário de Pernambuco em matéria recente: “A quantidade de candidatos e dos partidos implica no desvirtuamento do próprio processo eleitoral, pois não se convence o eleitor pelo compromisso com algum tipo de ideia ou tese, e sim pelo escambo de interesses nem sempre republicanos. Aliás, os partidos são tão descaracterizados que um dos candidatos que se diz intelectual trocou o partido que se diz cristão por um partido que se diz comunista inspirado no antigo regime da Albânia, um dos mais atrasados do mundo”
O cálculo aqui é feito sob a lógica de qual partido facilita a eleição em face do coeficiente eleitoral ser baixo. O programa partidário é papel desperdiçado, sujo, roto, sem nenhuma utilidade. Tem políticos que na sua carreira, na sua triste história já foram filiados a dezenas de partidos. O toma lá da cá impera, com mensalinhos e mensaleiros em todas as esferas da administração a remunerar o malfeito e o inconfessável.
E nessa pisada, a cada quatro anos, elegemos o presidente da República, 81 senadores, 513 deputados federais e mais um sem número de deputados estaduais que irão nos representar nas Câmaras Legislativas e no Congresso Nacional. Dizemos que somos politizados mas, a cada novo pleito, aumenta o desencanto com os representantes que elegemos. A nossa esperança de dias melhores está em uma reforma política séria que poderá vir, talvez antes do que muita gente imagina, pois dos três principais candidatos à Presidência dois já falam em reformas. Se bem que já vimos esse filme em várias sessões.
Por enquanto o alerta continua: vem aí o dia 5 de outubro e, chegada a hora de votar, devemos ser firmes e comprometidos no exercício de nossa cidadania.
Danizete Siqueira de Lima

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