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OPINIÃO DO PERNINHA

As pesquisas eleitorais e o grande mistério
Passada a Copa do Mundo, os alemães voltaram para casa e comemoram, com muita justiça, o 4o título de campeões do mundo, enquanto o Brasil, país que sediou o evento e sonhava com o HEXA, teve que amargar uma quarta posição. Não que isso seja de todo ruim, mas a humilhante derrota para a Alemanha, pelo placar de 7 x1, no penúltimo jogo da canarinha, desestabilizou totalmente a equipe, que tornou-se alvo fácil para a Holanda, na semi-final, quando fomos derrotados pelo placar de 3 x0.
As decepções foram muitas, as tristezas tomaram conta do país, e as lições deixadas pela Copa deverão servir de bússola para reencontramos o futebol que,em tempos idos,nos encantou. Vamos levantar a cabeça, botar a bola no chão, estimular o esporte, incentivar essa “turma de garotos” e dara chamada“volta por cima”. Isso é o mínimo que se espera. E esse assunto de Copa do Mundo, vamos deixar para 2018, na Rússia.
Daqui para frente, até o mês de outubro, o assunto que está em voga são as eleições majoritárias, quando votaremos para presidente da república, governador, deputados federais e estaduais e senador. Oficialmente, a campanha tomou conta das ruas no início de julho, mas, a bem da verdade, ela começou a se movimentar logo após o carnaval, embora de maneira discreta, por conta dos trâmites e exigências feitas pelos Tribunais Eleitorais que- volta e meia – fingem que inibem algum procedimento irregular.
Dando ênfase ao título da nossa crônica, voltamos ao assunto das pesquisas eleitorais com uma pergunta bastante curiosa: por que quando Dilma cai em uma pesquisa, os adversários não sobem?Alguém pode sugerir: mas as eleições só irão acontecer em outubro. Concordo. E é pouquíssimo tempo. O que podemos observar é uma pobreza enorme de discurso entre os candidatos e uma total ausência de propostas que possam dar alguma credibilidade e mudar a cabeça dos indecisos. Os discursos são por demais demagógicos, repetitivos e desprovidos de qualquer sinal de mudança entre o que aí está e o que poderá vir.
O candidato Eduardo Campos (PSB), desincompatibilizado do governo do estado desde abril, mudou-se para São Paulo e ficou dividido entre a campanha presidencial e a do seu sucessor, Paulo Câmara. Ao lado da vice, Marina Silva, tem visitado vários estados, participado de reuniões, feito articulações com as bases do seu partido e, mesmo assim, não conseguiu superar a barreira dos 10% da intenção de voto do eleitorado.O candidato Aécio Neves (PSDB), que é considerado o adversário mais forte da atual presidente, também se arrasta a duras penas e vem se mantendo entre 19 e 22 pontos percentuais, e a presidente Dilma fica feito time pequeno em tabela do Campeonato Brasileiro da série A:na impossibilidade de se aproximar do G-4 se contenta em manter-se afastada da zona de rebaixamento.
Ou seja, as pesquisas são um “chovenão molha” frequente. O que não mudam (e isso você poderá comprovar pelos números já divulgados),são os percentuais de brancos e indecisos, e isso reflete, como já dissemos, a falta de algo diferente, que possa encantar o nosso tão desiludido eleitor.Em todo caso, nada de conclusões precipitadas. Dia 19 de agosto começa o guia eleitoral no rádio e na televisão e, quiçá, a campanha presidencial possa tomar novos rumos e provocar alguma mudança no cenário atual,muito longe do ideal.
Por: Danizete Siqueira de Lima

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