Uma rodada de negócios que movimentou R$ 40 milhões, a participação de aproximadamente 50 mil pessoas e os resultados extremamente positivos de uma programação científica que difundiu conhecimentos e tecnologias inovadoras, marcaram no último sábado (31), em Petrolina – PE, o encerramento da 25ª edição da Feira Nacional da Agricultura Irrigada – Fenagri 2014.
A coordenação do evento, que aconteceu no Centro de Convenções Senador Nilo Coelho, começando na última quarta-feira (28), revelou os números positivos desta edição, destacando inicialmente o movimento turístico, que ocupou toda rede hoteleira das cidades de Petrolina e Juazeiro – BA. Uma decoração bastante criativa realçava a estrutura da área de exposições (12 mil metros quadrados), onde foram montados 180 estandes com os arranjos produtivos e as novidades tecnológicas da agricultura nas áreas de produção, manejo, insumos, equipamentos, comercialização e logística.
Considerada a maior feira de fruticultura irrigada da América Latina, a Fenagri 2014 também será lembrada pela oferta gratuita de cinco minicursos – ministrados pelo IF Sertão – PE, que capacitaram 160 pessoas priorizando assuntos, a exemplo do processamento de frutas e produção de vinhos, sucos e até aguardente de frutas.
Segundo o coordenador e secretário municipal de Ciência e Tecnologia, Newton Matsumoto, o evento realizado pela Prefeitura Municipal de Petrolina, Sindicato Rural de Petrolina e a Câmara de Fruticultura de Petrolina, colocou na pauta do dia o tema, a introdução de culturas de clima temperado no Semiárido, que foi discutido por mais de 310 pessoas, entre pesquisadores, produtores e estudantes, durante o seminário promovido pela Embrapa.
E no sábado (31), uma mesa-redonda com instituições de pesquisa, cooperativas e produtores de diferentes regiões do país, debateu a viabilidade de cultivar algodão no Vale do Submédio São Francisco. De acordo com a coordenadora da mesa, a fisiologista Ana Rita, a região tem várias potencialidades para diferentes nichos de mercado, a exemplo do algodão orgânico, de fibra longa e do algodão colorido.“O nosso algodão de fibra longa tem potencial para estar entre os melhores do mundo, inclusive países como o Japão e a Austrália já importam produtos feitos com o algodão colorido produzido no Nordeste”, adiantou Ana Rita.
“Conseguimos realizar nossos objetivos iniciais tendo como foco principal os novos investimentos agrícolas. A diversificação das atividades ligadas a agricultura irrigada e a geração de alternativas econômicas inovadoras, tanto marcaram o espaço que destinamos para a agricultura familiar, quanto o agronegócio, que atraiu para a rodada de negócios – organizada pelo Sebrae – PE, 14 grandes empresas compradoras de frutas do país e sete empresas âncoras de países como Espanha, EUA, Rússia, Canadá e Alemanha”, avaliou Newton Matsumoto.