O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa foi preso pela Polícia Federal nesta quarta-feira no Rio de Janeiro por ordem do juiz Sérgio Moro, da 13a. Vara Federal do Paraná, responsável pelo processo da Operação Lava Jato.
O juiz deu a decisão ao responder a pedido do Ministério Público Federal. O pedido foi formulado devido a supostas contas que o ex-diretor mantém na Suíça com depósitos de US$ 23 milhões. Para o Ministério Público, havia risco de Paulo Roberto Costa fugir do país. O G1 tenta contato com o advogado de Paulo Roberto Costa, mas não havia conseguido até a última atualização desta reportagem.
“A manutenção de contas secretas no exterior pelo acusado e até o momento ocultadas deste juízo – e do próprio Supremo Tribunal Federal, além da Comissão Parlamentar de Inquérito instalada perante o Senado Federal – indica também risco à aplicação da lei penal, com a possibilidade do acusado evadir-se do país e ainda fruir do patrimônio ilícito mantido às ocultas no exterior e longe do alcance das autoridades brasileiras”, diz o texto da decisão do juiz Sérgio Moro.
Sérgio Moro entendeu que o fato de Costa ter entregue o passaporte às autoridades não o impediria de fugir.
“Por óbvio, a mera entrega de passaportes em Juízo não previne a fuga, máxime quando o acusado é titular de contas secretas milionárias no exterior e ainda considerando os milhares de quilômetros de fronteira terrestre do Brasil com os outros países, sujeitos a um controle de trânsito pouco rigoroso.”