Na próxima terça-feira (29) o ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP) começará a trabalhar, como médico radiologista, na Clinical Armando Q. Monteiro, em Garanhuns. A data foi confirmada pelo juiz aposentado Clóvis Corrêa, seu primo e advogado. “Ele voltará a exercer a profissão que escolheu há muitos anos”, afirmou Clóvis.
Pedro Corrêa cumpre pena de 7 anos e 2 meses por envolvimento no escândalo do “mensalão”, e está detido no Centro de Ressocialização do Agreste, em Canhotinho. No dia 23 de abril, ele recebeu autorização do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) para trabalhar fora do presídio, de segunda a sexta, das 8h30 às 17h30, e aos sábados, das 8h às 12h, na clínica de propriedade do prefeito de Garanhuns, Izaías Régis (PTB). A clínica fica a cerca de 40km da unidade prisional, onde ele ser recolhido diariamente, às 19h.
Pedro vai ser obrigado a utilizar uma tornozeleira de monitoramento eletrônico, apesar de ter pedido para ser liberado do uso do aparelho. O juiz da 1ª Vara de Execução Penal do Estado de Pernambuco, Luiz Rocha, explicou que o aparelho de monitoramento é obrigatório e “previsto pela lei como forma de gerar controle efetivo e discreto à distância”. Ele também negou o pedido de Pedro de voltar a estudar, argumentando que este ficaria fora do sistema prisional das 7h às 23h, caracterizando “uma tentativa de frustrar o cumprimento da pena, levando à perda do caráter reflexivo sobre seus atos”.
O ex-deputado deve receber três salários mínimos mais comissão. Cada dia trabalhado abonará três de reclusão, dentro do regime de progressão, e os 11 dias em que trabalhou em Brasília, no presídio da Papuda também serão contabilizados.