Nos 50 anos do golpe militar de 64, a Prefeitura de Sertânia, por meio da Secretaria de Juventude, Esporte, Cultura e Turismo, promoveu, nesta terça-feira (01), no Cine Emoir, diversas atividades para relembrar os anos de chumbo, o período mais tenebroso da nossa história.
Na programação a exibição do filme ‘O que é isso Companheiro’, exposição, Recital da Resistência e um debate com o tema Memórias da Resistência: 50 Anos do Golpe Militar de 64 em Sertânia. Participaram da mesa redonda o professor José Sandro Andrade, o médico Edilton Lacerda, o ex-diretor da Escola Olavo Bilac, advogado José Etelvino Lins, o vereador Orestes Neves, o secretário de Juventude, Esporte, Cultura e Turismo, João Lúcio, o Presidente da Câmara de Vereadores de Sertânia, José Ivan e o professor José Cláudio Góis.
História – As lideranças de esquerda em Sertânia foram perseguidas, torturadas, presas e alguns mortos pela ditadura imposta pelo golpe militar de 1964. Uma das vítimas foi o classificador de algodão e líder da Cooperativa de Trabalhadores Rurais (CRC), Manfried Nigro. Ele era vereador eleito pelo PTB, mas pertencia ao PCB clandestino. Zé Andrade, também perseguido, era líder estudantil e liderança camponesa da CRC. Tinha ligações com Francisco Julião e as ligas camponesas, além do apoio do governador Miguel Arraes. Inez Olidé da Silva, conhecida como Maria Belo, é artista plástica, escritora de bastante prestígio na Bélgica, e pertenceu a organizações clandestinas de esquerda, inclusive da luta armada. Chegou a ser exilada. Até hoje, ela mora na Bélgica.
Outros nomes da resistência foram Wamberto David de Vasconcelos, Micena Pontes, Dércio Ferroviário, Nequinho, Carlos Celso (DER), Professor Luiz Wilson, João Clímaco Chaves, professor Ivan de Lima e Luciano Teixeira. (ASCOM)