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RÉU DEIXA O PRÓPRIO JULGAMENTO ANTES DE CONDENAÇÃO POR HOMICÍDIO EM SÃO PAULO

O vigia Aurelito Borges Santiago, acusado de matar um estudante em 2008, deixou o próprio julgamento nesta terça-feira (11) em Ribeirão Preto (SP). O réu saiu do tribunal e do fórum antes de ser dado o veredicto, que o condenou a 21 anos e quatro meses de prisão por homicídio. Para o advogado de defesa Alexandre Durante, a “fuga” pode inviabilizar uma futura tentativa de reduzir a pena do réu.

Santiago foi acusado por ter matado Rodrigo Bonilha, baleado nas costas há seis anos em frente a um salão de festas onde o réu então trabalhava como segurança particular. Após oito horas de julgamento, ele não foi encontrado para ouvir o veredicto no início da noite. Ele deixou o local e não foi encontrado em nenhuma dependência do fórum em um intervalo de meia hora estabelecido pelo tribunal para que os jurados votassem a sentença.

De acordo com Sylvio Ribeiro de Souza, juiz diretor do Fórum de Ribeirão Preto, ninguém pode ser responsabilizado diretamente pela “fuga” de Santiago, porque oficialmente ele estava em liberdade até então. “Em um determinado momento, ele resolveu ir embora. Não há uma responsabilização de alguém que o impediu sair. Ele não estava preso até então. Não estava algemado. Ele respondeu ao processo em liberdade e veio ao tribunal em liberdade”, ressaltou o juiz.

A juíza Isabel Cristina Alonso dos Santos Bezerra, responsável por dar o veredicto, ainda deu 15 minutos para aguardar a volta de Santiago à sala do júri, mas proferiu a sentença, condenando-o a 21 anos de prisão pela morte de Rodrigo Bonilha, mesmo sem a presença do réu. Ela questionou o advogado e a família do vigia , mas ninguém soube de seu paradeiro. “Foi uma decisão que pegou todo mundo de surpresa”, afirmou Alexandre Durante, advogado de defesa de Santiago.

Segundo ele, embora soubesse da possibilidade de ser preso, seu cliente sempre se demonstrou solícito às decisões judiciais. “Ele tinha plena ciência disso e sempre demonstrou bom interesse de prestar todo apoio, quitar seu débito com a Justiça”, disse.


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