O corpo do cineasta Eduardo Coutinho, assassinado a facadas na manhã de domingo (2) em sua casa, na Lagoa, Zona Sul do Rio, será velado e enterrado nesta segunda-feira (3). O velório está previsto para começar às 10h, na Capela 3 do Cemitério São João Batista, em Botafogo. O enterro foi marcado para as 16h, no mesmo cemitério.
O delegado Rivaldo Barbosa, diretor da Divisão de Homicídios, que investiga o caso, disse que o filho do cineasta, Daniel Coutinho, de 42 anos, foi preso em flagrante pela morte do pai. Ele está internado sob custódia na unidade intermediária do Hospital Miguel Couto, na Gávea, também Zona Sul. O paciente está em estado estável, após ter passado por uma cirurgia, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
A mãe de Daniel, Maria das Dores Coutinho, de 62 anos, também foi esfaqueada (levou dois golpes de faca nos seios e três no abdômen, além de sofrer uma lesão no fígado) e está internada em estado grave. Ela também passou por cirurgia, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
De acordo com o delegado, Maria das Dores se salvou porque conseguiu se trancar em um banheiro após ser golpeada. De lá, ligou para o outro filho do casal, Pedro Coutinho.
“A gente espera que a mãe se recupere para poder esclarecer [o que houve]”, disse Barbosa.
O delegado contou que Daniel primeiro golpeou o pai, até matá-lo. Em seguida, atacou a mãe. Ele, então, aplicou dois golpes de faca na própria barriga, foi até a porta do vizinho e pediu para o homem avisar o porteiro sobre o ocorrido. Daniel voltou para o apartamento e ficou lá até a chegada dos bombeiros.
“Ele abriu para os bombeiros voluntariamente. O porteiro bateu, ele abriu”, explicou Barbosa, acrescentando que uma vizinha disse ter ouvido gritos.