Em pleno ano eleitoral, os principais presidenciáveis não perdem uma oportunidade de entrar em contato com o eleitorado e as redes sociais parecem ser a bola da vez dos presidenciáveis. De olho na influência do mundo virtual, a presidente Dilma Rousseff (PT), o governador Eduardo Campos (PSB) e o senador Aécio Neves (PSDB) intensificaram o uso das ferramentas, em 2013, ano pré-eleitoral. O início de 2014 mostra que o ritmo é omesmo e tende a ser mais acelerado.
A petista, que tentará a reeleição, voltou a utilizar a sua página no Twitter, após se encontrar com o publicitário Jefferson Monteiro, criador do perfil “Dilma Bolada”. A página não era utilizada desde a sua vitória nas eleições de 2010. A gestora ainda intensificou suas postagens em outras redes como Facebook e Instagram – aderido mais recentemente, há quatro meses.
Eduardo Campos também segue a mesma estratégia. Ele intensificou a presença no Facebook, onde sua equipe publica mensagens constantemente, e abriu uma conta no Instagram, no ano passado. É no “face” que o socialista aproveita o espaço para apontar defeitos do Governo Dilma e mostrar que pode fazer mais e melhor, que é o mote da sua campanha. A página no Twitter, criada durante as eleições de 2010, é utilizada com menos frequência pelo presidenciável socialista.
Também com o projeto presidencial engatado, Aécio Neves passou a utilizar cada vez mais as ferramentas virtuais. Ele utiliza com frequência sua página no Facebook e a conta no Instagram para enviar suas mensagens e críticas. Contudo, o Twitter oficial do tucano ainda não possui postagens. Apesar de tentar utilizar a Internet como aliada, o ex-governador de Minas Gerais ainda se envolveu numa polêmica ao entrar na Justiça contra contas virtuais que denegrissem sua imagem, no ano passado. Foi o caso das páginas “Aécio Boladasso” e “Aécio Neves” (nunca, em inglês)’.
FONTES
Segundo a professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), CarmemLígia, as redes sociais são uma das principais fontes de informação, especialmente para os jovens quando se trata de política. Uma pesquisa feita por ela com 100 universitários paulistas, no final de 2012, detectou que a maioria utiliza os debates de televisão entre candidatos e a internet como principais fontes de informação.
“Esses meios tradicionais estão cada vez mais fora. Oque chama mais atenção deste público são os debates e as redes sociais. Poucos jovens vão a atos políticos ou assistem a propaganda eleitoral. O que chama a atenção é o debate nas redes sociais e a dinâmica em obter informações e se comunicar da internet”, observa Carmem.