Não há empecilho legal que impossibilite o ex-deputado Pedro Corrêa de voltar a trabalhar na área médica. O vice-presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremepe), André Dubeux, disse que para retomar a atividade da Medicina, a única exigência é referente ao pagamento da anuidade do conselho. Segundo o advogado de Corrêa, Plínio Nunes, nem o reeducando, nem familiares mencionaram pendências que impossibilitem o retorno das atividades.
Estando em dia com o Cremepe, Pedro Corrêa poderá voltar a exercer a função, da qual está afastado desde que iniciou a a trajetória política. Seu primeiro mandato como deputado federal foi em 1979. “Não tem empecilho para o ex-deputado trabalhar. A lei 3.257, que dispõe sobre o exercício da profissão médica, diz que quando (o profissional de saúde) cola o grau já pode exercer, em qualquer momento, desde que pague a anuidade e responda às atribuições dos conselhos”, afirmou André Dubeux.
O vice-presidente do Cremepe explicou, ainda, que caberá ao ex-deputado a iniciativa de fazer algum curso para renovar seus conhecimentos na área médica. “É uma incongruência ele ficar tanto tempo sem trabalhar e voltar (a exercer a função), até porque há 30 anos as técnicas de radiologia (área de atuação de Corrêa) eram totalmente diferentes, não existiam os equipamentos que existem hoje. Mas fica por conta dele fazer qualquer tipo de reciclagem. Ele vai responder pelos seus atos médicos”, comentou.
A possibilidade de o ex-parlamentar voltar a trabalhar é ventilada desde que ele começou a cumprir pena. Inclusive, o prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira (PSDB), já ofereceu uma vaga para Corrêa. O advogado Plínio Nunes disse que, além de empregos na área da Medicina, o detento recebeu sugestões para atuar na área administrativa. Ele, porém, não informou quais as propostas foram oferecidas ao reeducando. Nunes informou que somente na próxima semana é que a possibilidade de Corrêa voltar a trabalhar será tratada com o ex-deputado.