A presidente Dilma Rousseff viajará na segunda-feira (9) para a África do Sul – a fim de participar das homenagens a Nelson Mandela – acompanhada dos ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, informou neste sábado (7) o porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, segundo o Blog do Planalto.
Segundo o blog, os ex-presidentes foram convidados por Dilma, e a comitiva presidencial partirá do Rio de Janeiro.
Nesta sexta-feira (6), o Palácio do Planalto informou que a presidente tinha antecipado a viagem ao país africano do dia 14 para a próxima terça-feira (10) porque governo sul-africano enviou circular a todas as embaixadas com sede no país informando que esse é o dia reservado aos chefes de Estado. O enterro do líder sul-africano está marcado para dia 15.
Dilma decretou na sexta luto oficial de sete dias no Brasil pela morte de Mandela. Na quinta, dia em que Mandela morreu, Dilma divulgou nota de pesar e afirmou que governo e povo brasileiro “se inclinam diante da memória de Mandela”. A presidente destacou ainda a luta do líder sul-africano contra o apartheid.
“Personalidade maior do século XX, Mandela conduziu com paixão e inteligência um dos mais importantes processos de emancipação do ser humano da história contemporânea – o fim do apartheid na África do Sul”, disse a presidente no comunicado.
Símbolo da luta contra a discriminação racial, Nelson Mandela morreu nesta quinta-feira (5), em Pretória, aos 95 anos. O ex-presidente sul-africano ficou internado de junho a setembro devido a uma infecção pulmonar. Ele deixou o hospital e estava em casa. Morreu às 20h50, no horário local de Pretória – 16h50 do horário brasileiro de verão.
O corpo será enterrado, de acordo com seus desejos, na aldeia de Qunu, localizada na província pobre do Cabo Leste, onde Mandela cresceu. Os restos mortais de três de seus filhos foram sepultados no mesmo lugar, em julho, após ordem judicial.
Conhecido como “Madiba” na África do Sul, Mandela foi considerado um dos maiores heróis da luta dos negros pela igualdade de direitos no país e foi um dos principais responsáveis pelo fim do regime racista do apartheid, vigente entre 1948 e 1993.