
Após o ex-governador José Serra (SP) anunciar que não disputará a indicação do PSDB para ser candidato a presidente da República na eleição de 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) apresentou nesta terça-feira (17), na Câmara dos Deputados, propostas para a disputa presidencial e defendeu uma “mudança definitiva” no Brasil.
Aécio disse que está “ansioso” para debater com os brasileiros um projeto de governo. “Estou ansioso para encontrar com os brasileiros em cada canto do país e dizer: ‘Estou pronto para o debate’.”
O senador, presidente nacional do PSDB, afirmou que defenderá uma “reconciliação” do Brasil com o passado, sobretudo com os anos em que Fernando Henrique Cardoso governou o país.
“Subo na tribuna para propor uma mudança definitiva, que passe pela reconciliação dos brasileiros com a própria história. Não podemos ser passivos com a tentativa de alguns de reescrever a história, dizer que o Brasil começou em 2003”, afirmou, em referência ao ano de início dos governos do PT.
O senador tucano afirmou que FHC é o “maior estadista ainda vivo”. Para ele, o PT levou o Brasil a ficar “desacreditado” internacionalmente ao fazer o que chamou de “contabilidade criativa”. Segundo ele, a estabilidade econômica está em “risco”.
“Criamos a responsabilidade fiscal. Eles criaram a contabilidade criativa, que tem desacreditado o Brasil. A manipulação dos dados e a incompetência em controlar o Brasil fez com que a Petrobras perdesse 40% de seu valor de mercado”, frisou.
Aécio acusou o PT de querer dividir o Brasil. “Sei a dimensão do desafio, mas não temo em momento algum porque tenho a dimensão clara de que o Brasil precisa começar um novo ciclo. O Brasil não é vermelho e não é do PT, não é azul e não é do PSDB. É verde e amarelo e é de todos.”
O tucano prometeu fortalecer o Legislativo e dar autonomia aos governantes locais, para que prefeitos não precisem vir a Brasília com “pires na mão” em busca de investimentos do governo federal.
“Vamos fortalecer o Legislativo, que hoje está de cócoras para o Poder Executivo. […] Eles ressuscitaram o coronelismo dos piores tempos”, afirmou.
