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OPINIÃO DO PERNINHA

Pronaf / Bolsa Família – Quem dá mais?

O Brasil é, sem sombra de dúvidas, o País dos contrastes. As inversões de valores são tão gritantes que já não chamam mais a atenção, e passamos a conviver com esse mal como se fosse a coisa mais natural do mundo.
O título da nossa crônica surgiu em razão de uma matéria que vimos estampada num dos nossos jornais de grande circulação, semana passada, a qual fazia a seguinte pergunta: “Vale a pena trabalhar?”  E prosseguia a matéria: “Programa de fortalecimento da agricultura familiar, o Pronaf recebeu nos oito anos do governo Lula cerca de R$ 1,5 bilhão. Isso representou apenas 2% dos R$ 67,3 bilhões do Bolsa Família”.
Se o Pronaf comeu o pão que LULA amassou, a situação piorou muito no governo Dilma, que destinou ao programa de agricultura familiar R$ 17,3 milhões. O Bolsa Família, recebeu no mesmo período a bagatela de R$ 54 bilhões.
A propósito, o que é realmente PRONAF?  Criado em 1996 durante o governo FHC, através do Decreto 1.946, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar destina-se a estimular a geração de renda e melhorar o uso da mão de obra familiar.
 O Pronaf é mais conhecido pelo crédito aos agricultores familiares, mas vai além disso. Atualmente, o programa conta com o subprograma de Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER, que busca fomentar a geração de renda para agroindústria, turismo rural, biocombustível, plantas medicinais, cadeia produtiva, seguro agrícola, seguro de preço e seguro contra calamidade por seca na Região Nordeste.
E o Bolsa Família, o que é? É um programa de transferência direta de renda que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza. Criado em 2003, unificou os programas de transferência Bolsa-escola, Cartão alimentação, Bolsa alimentação e Auxílio gás e tem como públicos-alvo: famílias com renda de até R$ 70,00/mês, por pessoa;  famílias com renda entre R$ 70,01 e R$ 140,00/mês, por pessoa, e que tenham crianças e adolescentes com idade entre 0 e 15 anos ou gestantes, e famílias com renda entre R$ 0,00 e R$ 140,00/mês, por pessoa e que tenham adolescentes entre 16 e 17 anos. 
Sem querer condenar este ou aquele programa e, dentro da minha humilde avaliação, o primeiro contempla quem trabalha e o segundo contempla quem quer receber, ou seja, o Bolsa Família torna-se um programa totalmente assistencialista e estimula o ócio em detrimento daqueles que perdem a sua capacidade produtiva por falta de uma política séria voltada para o crescimento e a dignidade humanas.
 Mas, já ouvi várias vezes a nossa Presidente dizer que o que gasta com o Bolsa Família não é despesa e sim um investimento. E deve ser mesmo, pois pelo menos o retorno em votos é garantido. Para isso basta ver a sua popularidade, como foi a de Lula nos seus oito anos de governo. 
 Vocês devem lembrar o vexame que a Presidente passou quando foi divulgado nas Redes Sociais que o programa seria extinto. Daí, não sobrar qualquer dúvida sobre a sua força eleitoreira.
Quanto ao País, tanto faz crescer como parar, o que conta é a permanência no poder.
E viva a Democracia!

Por: Danizete Siqueira de Lima


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