O que mais chamou atenção nessa eleição interna do PT foi o empenho pessoal do ex-presidente Lula na recondução do deputado estadual Rui Falcão para o comando do partido. O que pesou na decisão de Lula foi o pragmatismo.
Diferente das eleições passadas, onde sempre tentou manter neutralidade, dessa vez Lula atuou para isolar as demais tendências petistas que criticavam as alianças feitas pelo PT para montar a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
A partir de agora, Lula quer agilizar as negociações para garantir um amplo palanque para Dilma, inclusive nos estados, para isolar adversários. Com um cenário econômico adverso para 2014, e com a surpreendente aliança entre o governador Eduardo Campos, do PSB, e a ex-ministra Marina Silva, a estratégia de Lula é garantir o maior tempo de televisão para Dilma e com isso evitar riscos para a reeleição.
Em sintonia com Lula, o deputado Rui Falcão será o articulador dessas alianças pragmáticas. Com isso, o PT será obrigado a ceder espaço para aliados nos estados. E Dilma deve contemplar os partidos governistas nesta reforma ministerial prevista para acontecer na virada do ano. Tudo pelo objetivo maior: tentar a reeleição.( Blog do Camarotti)