O governador do Ceará Cid Gomes anunciou a saída do Partido Socialista Brasileiro (PSB), na noite desta quinta-feira (26), após reunião com aliados em Fortaleza, sem declarar qual será sua próxima sigla. “A gente não tem mais espaço no PSB. Lamentamos profundamente, mas tomamos a decisão de sair”, disse. Ele declarou ter sido procurado pelo PP, PCdoB, PSD, PDT e Pros e quer se filiar a um novo partido na quarta-feira, 2 de outubro.
O ex-ministro Ciro Gomes (PSB), irmão de Cid, e o ministro dos Portos, Leônidas Cristino seguem o governador. “Vamos todos para o mesmo partido. O meu esforço é de manter a unidade”, disse Cid, referindo-se também ao Prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, aos quatro deputados federais e nove deputados estaduais, que também acompanham o governador. O grupo político de Cid Gomes detém 280 mandatos no estado, com 38 prefeitos, além dos 13 deputados e vereadores.
Cid e aliados apoiam a reeleição de Dilma Rousseff e discordam de uma eventual candidatura do presidente nacional do PSB, o governador Eduardo Campos (PE), à Presidência da República. A decisão da executiva nacional em entregar os cargos do partido no Governo Federal havia deixado Cid Gomes ainda mais isolado no partido desde a semana passada.
Após o encontro desta quinta, Ciro Gomes fez críticas a Campos. “Não tenho preferência [de partido]. Defendo a unidade ao redor da figura do Cid. O Eduardo Campos segue um projeto pessoal e o PSB vai definhar nacionalmente”, afirmou.