Se dependesse da vontade do presidente nacional do PT, Rui Falcão, a presidente Dilma Rousseff já teria rompido com Eduardo Campos, excluindo o PSB da base governista e pedindo de volta o Ministério da Integração, a Secretaria Nacional dos Portos e a presidência da Chesf. Todavia, o ex-presidente Lula tem argumentado que além de a candidatura do governador de Pernambuco a presidente da República ser legítima, afrontá-lo seria um erro político.
A pesquisa do Instituto Datafolha divulgada anteontem dá total razão ao ex-presidente. Se a eleição presidencial se realizasse hoje, Dilma teria tão somente 35% dos votos válidos, ante 47% da soma dos seus adversários: 26% de Marina Silva, 13% de Aécio Neves e 8% de Eduardo Campos. A presidente cresceu cinco pontos percentuais em relação à pesquisa de junho, Marina cresceu três, Eduardo cresceu um e o senador Aécio caiu quatro.
Dilma estaria hoje no segundo turno, mas perderia para a soma dos três candidatos da oposição: 47%. É para esta particularidade que o ex-presidente Lula está atento: tentar impedir que o governador de Pernambuco abandone o governo porque ele seria um adversário aparentemente perigoso: tem 8% de intenções de voto, sendo conhecido por apenas 1/3 do eleitorado.
Por Inaldo Sampaio