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ESPAÇO DA POESIA


















DOSE DUPLA;

Sentimos falta do artista nobre,

Que se despede do Brasil inteiro,

Cala a sanfona, fica a música pobre,

Sem rei, sem trono, quase sem herdeiro.

E quanto aos jogos que a imprensa cobre,

No Pajeú e no sertão inteiro,

Sentimos falta de emoção que sobre,

De um paralelo para ser parceiro.

Um espaço cheio, no passado havia,

E hoje a quadra quase que vazia,

Traz um marasmo que se faz tremendo.

E em dose dupla o clamor transcorre,

Cala a sanfona, o poeta morre,

Enquanto os jogos vão findar morrendo.

Por: Diomedes Mariano.


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