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ELIZE MATSUNAGA PEGA 19 ANOS E 11 MESES DE PRISÃO POR MATAR E ESQUARTEJAR O MARIDO EM SP

elizecondenada333A Justiça de São Paulo condenou na madrugada desta segunda-feira (5) a bacharel em direito Elize Matsunaga pela morte do marido, Marcos Kitano Matsunaga, diretor da Yoki alimentos, em maio de 2012. Elize foi condenada a 19 anos, 11 meses e 1 dia de prisão em regime fechado. O júri, iniciado na segunda-feira (28), ocorreu no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste da capital paulista.

O julgamento durou sete dias e foi um dos mais longos da Justiça de São Paulo. O júri foi formado por quatro mulheres e três homens. Eles ficaram reunidos por mais de 2h30 para definir o julgamento. O juiz Adilson Paukoski deu a sentença às 2h07 desta segunda-feira.

Elize ouviu a sentença já vestida com camiseta branca, calça caqui e chinelo de dedos com as mãos para trás. O juiz não permitiu que se fizesse imagens dela.
Ela foi condenada a 18 anos e 9 meses por homicídio sem chances de defesa da vítima, e mais 1 ano, dois meses e 1 dia por destruição e ocultação de cadáver. Os jurados não consideraram as qualificadoras “motivo torpe” (por vingança e dinheiro) e “meio cruel” (que a vítima ainda estaria viva quando foi esquartejada), pedidas pela promotoria. Elize já cumpriu 4 anos e meio de prisão antes do julgamento.

Defesa vai recorrer
A defesa de Elize diz que vai recorrer da sentença. “O juiz subiu demasiadamente essa pena, não refletiu a decisão dos jurados. A dosimetria foi completamente equivocada no nosso entender”, disse o advogado de defesa Luciano Santoro. “Conseguimos afastar duas qualificadoras em um julgamento difícil. Tenho certeza que o tribunal vai reformar essa pena.” Segundo ele, Elize já assinou o requerimento recorrendo da sentença.

A promotoria afirmou que não deve recorrer. “Foi um julgamento justo e ela merecia aquilo que a sociedade reconheceu. Se recorrermos a pena não será muito maior. Não estou satisfeito. Estou satisfeito porque a justiça foi aplicada. Ela cometeu um crime hediondo, um assassinato frio. A meu ver a pena deveria ser entre 19 a 25 anos. Vou pensar se a gente vai recorrer”, disse o promotor José Cosenzo.

Elize volta ainda nesta segunda-feira para o presídio de Tremembé, no Vale do Paraíba, onde está presa desde 4 de junho de 2012.

Elize era ré confessa do crime, cometido em 19 de maio de 2012. O julgamento serviu para definir o tempo de pena que ela irá cumprir. Além da morte, ela respondeu por destruição e ocultação de cadáver.

MANIFESTANTES SE REÚNEM, NO RIO EM DEFESA DA LAVA JATO E CONTRA A CORRUPÇÃO

mani1Chuva e vento na manhã deste domingo (4) não intimidaram manifestantes que foram a Copacabana, Zona Sul do Rio, participar de um protesto em defesa da Operação Lava Jato, e contra as mudanças nas medidas propostas pelo Ministério Público Federal para combater corrupção.

“As principais [pautas] são: primeiro, defesa total à Lava Jato; as dez medidas sorrateiramente empurradas e modificadas; contra esse jogo sujo e antigo de fazer política, achando que é o quintal da casa deles e contra a corrupção em geral”, disse uma das coordenadoras do Vem Pra Rua, Adriana Balthazar.mani

A concentração começou tímida por volta das 10h e, logo depois, se multiplicaram as camisas amarelas, guarda-chuvas e capas com as cores da brandeira brasileira.

Muitos dos que foram ao bairro da Zona Sul carioca exibiam cartazes com mensagens de apoio ao juiz Sérgio Moro, encarregado por julgar processos ligados à Lava Jato.
Ambulantes aproveitavam para vender “pixulecos”, apelido dado a bonecos infláveis caracterizados como políticos. Entre os personagens, a tradicional representação dos ex-presidentes Lula e Dilma vestidos como presidiários. A inovação era um bonequinho do juiz Sérgio Moro vestido de super-herói.

CALOTE NA FAIXA 1 DO ‘MINHA CASA’ CHEGA A QUASE 30%

casaaaaaEstadão Conteúdo

“Como os pedidos só foram diminuindo, quando o celular tocava de manhã, a gente já sabia que era o banco ligando para cobrar a prestação da casa”, lembra o auxiliar de cozinha Luiz Eduardo Meirelles, de 48 anos, que faz doces para festas desde que foi demitido de uma confeitaria da Grande São Paulo, em maio. Ele está no grupo de mutuários da faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida – a que recebe o maior subsídio do governo – que não vem conseguindo pagar as prestações.

Com medo de perder o imóvel, ele conta que vai vender a moto da família e passará a fazer as entregas dos doces de bicicleta. “Trabalhar em casa era um sonho antigo que virou falta de opção, só que todo mundo está segurando gastos e fica difícil vender. A gente passou da fase dos pequenos cortes. Vamos abrir mão de parte do patrimônio para salvar o principal.”

A queda na renda e o aumento do desemprego têm pesado na taxa de inadimplência dos beneficiados pela faixa 1. O índice de atraso superior a três meses bateu em 28% em setembro. No mesmo mês de 2015, eram 23% com parcelas em aberto há mais de 90 dias, segundo o Ministério das Cidades. É o maior porcentual de atraso desde o agravamento da crise.

Para efeito de comparação, o índice de prestações atrasadas na carteira de crédito que inclui as faixas 2 e 3 do programa, para famílias com renda mais elevada, era de cerca de 2,03% no terceiro trimestre deste ano, de acordo com a Caixa.

Crédito imobiliário
O crédito imobiliário da faixa 1 do Minha Casa se destina às famílias que têm renda mensal bruta de até R$ 1,8 mil. Os preços dos imóveis variam de acordo com a localidade e, como até 90% do valor da casa é custeado com recursos públicos, os novos contratantes pagam prestações mensais a partir de R$ 80.

Até o ano passado, esses números eram mais generosos: a prestação mínima paga pelos beneficiários do programa era de R$ 25 ao mês. Além disso, para toda a faixa 1, cerca de 95% do valor do imóvel era subsidiado.

No Amapá e em Roraima, os Estados com maior porcentual de inadimplentes em setembro, os atrasos nos pagamentos chegam a 41%. Em seguida estão Pará (40%), Bahia (37%) e Mato Grosso (36%). Distrito Federal, Alagoas e Rondônia têm os menores índices, com 7%, 11% e 19%, respectivamente.

FERREIRA GULAR MORRE AOS 86 ANOS NO RIO

ferreiragullar1Por G1

O poeta, escritor e teatrólogo Ferreira Gullar morreu neste domingo (4) no Rio, aos 86 anos.

Nascido José de Ribamar Ferreira em São Luís (MA), em 10 de setembro de 1930, Ferreira Gullar foi um dos maiores escritores brasileiros do século XX. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras (ABL) em 2014, ocupando a cadeira nº 37.

Cresceu em sua cidade natal e decidiu se tornar poeta na adolescência. Com 18 anos, passou a frequentar os bares da Praça João Lisboa e o Grêmio Lítero-Recreativo da cidade. Aos 19 anos, descobriu a poesia moderna depois de ler Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira.

O perfil de Gullar no site da ABL informa que, inicialmente, o escritor “ficou escandalizado com esse tiop de poesia”, mas mais tarde aderiu ao estilo, tornando-se “um poeta experimental radical”. Certa vez, ao comentar o período, afirmou: “Eu queria que a própria linguagem fosse inventada a cada poema”.

Nessa época, trabalhou no volume de poesia “A luta corporal” (1954), que o lançou no cenário nacional. Essa obra que resultou de “uma implosão da linguagem poética” é associada ao surgimento da poesia concreta. Gullar, porém, romperia com o grupo mais tarde, passando a fazer parte do movimento neoconcreto, ao lado de artistas plásticos e poetas do Rio.

Foi Gullar quem escreveu o manifesto que marcou o marcou a aparição, em 1959, do movimento neoconcreto, do qual também foram expoentes artistas como Lygia Clark e Hélio Oiticica. No mesmo ano, saiu o ensaio “Teoria do não-objeto”, outro texto fundamental do movimento.

Dentre as obras neocretas de Gullar, destacaram-se o “livro-poema”, o “poema espacial” e “poema enterrado”.

Derradeiro trabalho neoconcreto do poeta, este último consistia de uma sala que ficava no subsolo do espaço de exposição. A ela, chegava-se por uma escada. Quem “entrava” no poema encontrava lá embaixo um cubo vermelho. Dentro dele, um cubo verde. E dentro deste, um outro cubo, branco, onde se lia em uma das faces a palavra “rejuvenesça”.

Depois do “poema enterrado”, Gullar se afastou do movimento e se envolveu com política, tema de seus trabalhos seguintes. Ingressou no partido comunista e passou a militar contra a ditadura militar. Chegou a ser preso e a viver na clandestinidade. Fugiu do país, passando por Moscou, Santiago, Lima e Buenos Aires.

Durante o exílio na capital argentina, escreveu sua obra-prima: “Poema sujo” (1976). Trata-se de um poema com quase cem páginas que teve ótima recepção. Foi traduzido para diversas línguas.

Gullar só voltou ao Brasil em 1977, onde foi novamente preso e também torturado. Consegui ser solto depois de pressão internacional e trabalhou na imprensa do Rio e como roteirista de TV.
país, lançou “Na vertigem do dia” (1980) e a coletânea “Toda poesia”. Também artista plástico e crítico, escreveu “Etapas da arte contemporânea (1985) e “Argumentação contra a morte da arte” (1993).

AVIÃO COM CORPOS CHEGA A CHAPECÓ

voo aviPrimeiro avião, com 25 corpos, desembarcou há poucos instantes no aeroporto de Chapecó. Segunda aeronave deve pousar nos próximos minutos.

MORADORES DE CHAPECÓ CHEGAM À ARENA CONDÁ PARA VELÓRIO COLETIVO

torcidaarenacondaDo G1 SC

Moradores de Chapecó, no Oeste catarinense, começaram a chegar por volta das 4h30 deste sábado (3) à Arena Condá para o velório coletivo de parte das vítimas do acidente aéreo com a delegação da Chapeconse, que aconteceu na madrugada de terça (29). Segundo a RBS TV, alguns grupos passaram a madrugada na frente do estádio.

Os portões da Arena Condá abriram por volta das 7h30 para a entrada dos torcedores. Eles ocuparam as arquibancadas em silêncio. Chovia em Chapecó.

Os aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) saíram de Manaus em direção a Chapecó com duas horas de atraso e a previsão é que cheguem à cidade do Oeste catarinense perto das 10h. Após o pouso, haverá uma cerimônia com honras militares, em que participará o presidente Michel Temer. Ele não ficará na cidade para o velório coletivo na Arena Condá.

Por volta das 7h30, os portões estavam abertos e os torcedores se acomodavam nas arquibancadas. O silêncio chamava a atenção.

Antes da abertura, eles faziam fila para entrar no estádio e cantavam do lado de fora. Alguns levaram flores. Faixas de campeão da Copa Sul-Americana 2016 eram vendidas nas proximidades. O avião que caiu levava os jogadores para a Colômbia para disputar a final do campeonato.

Dentro do estádio, o cenário estava todo pronto. Uma coroa de flores envolvia o símbolo da Chapecoense no gramado. Muitas faixas agradeciam o apoio dos torcedores e do Atlético Nacional, que disputaria a final com o clube catarinense.

Para o velório, haverá 121 psicólogos, 115 médicos, 121 auxiliares de enfermagem, 68 enfermeiros e cinco psiquiatras. Terá também um ônibus-ambulância, um helicóptero,

Cortejo
Após a chegada dos corpos, dois caminhões farão o transporte até o estádio. O percurso do Aeroporto Municipal Serafin Enoss Bertaso até a Arena Condá deve levar cerca de uma hora, segundo o governo do estado.

Fora do estádio, serão disponibilizados quatro telões. Mais de 600 profissionais do estado e do município farão a segurança no cortejo e velório. Cerca de 100 mil pessoas são esperadas para o velório coletivo, conforme o governo do estado.

VELÓRIO TERÁ MIL JORNALISTAS, ESTOQUE DE FLORES E CARROS FUNERÁRIOS DE FORA

Caixões dos atletas da Chapecoense, em Medellin na Colômbia
Caixões dos atletas da Chapecoense, em Medellin na Colômbia

Do UOL

O velório das vítimas do acidente aéreo na Colômbia vai parar Chapecó. A cerimônia fúnebre será a maior operação da história da cidade e terá grandes proporções.

Cerca de mil jornalistas de todas as partes do mundo estão credenciados para fazer a cobertura e personalidades como o presidente da República Michel Temer e o presidente da Fifa, Gianni Infantino, são esperadas. A cidade também já está toda mobilizada e se prepara para que não faltem flores e até carros funerários, que devem vir de outras localidades.

A comoção em Chapecó é tão grande que são esperadas cerca de 100 mil pessoas nos arredores da Arena Condá na manhã de sábado, o que representa mais da metade da população local. Cerca de 20 mil terão acesso à parte interna do estádio.

Apenas para a cobertura do evento, mais de 900 jornalistas já estão credenciados. E o número deve chegar a mil até o fim de semana. Eles vêm de todas as partes do mundo e representam 14 países como China, Arábia, França, Espanha, México e Argentina.

Além das emissoras locais e dos principais veículos do Brasil, já estão em Chapecó profissionais que estão trabalhando para a CNN, Al Jazeera, Rádio Caracol da Colômbia, jornais argentinos, além das principais agências de notícias internacionais.

Prova da proporção da fatalidade é que personalidades mundiais devem estar presentes no sábado. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, confirmou a sua vinda. O técnico da seleção brasileira Tite também deve participar da cerimônia. Há ainda a expectativa de que o presidente da República Michel Temer e o presidente da Colômbia Juan Manuel Santos compareçam.

Na cidade, os serviços funerários já estão trabalhando em esquema de força tarefa. A funerária Stumer, por exemplo, não tem veículos suficientes para atender a toda a demanda das seguradoras que precisam de carros para levarem os corpos do estádio ao cemitério.

Por isso, vai pedir reforço nas localidades próximas. “Nós temos sete carros. Para atender a todos, seriam necessários cerca de 30. Estamos pedindo de outras áreas”, conta a assistente social do local, Suzi Stumer.

Outras preocupações são com as flores para que sejam confeccionadas todas as coroas que são feitas em três tamanhos: P, M e G. As mais pedidas são flores do campo, lírios e rosas. “Estão faltando flores. Estamos em contato com os nossos floristas. A demanda está 50 vezes maior”, disse Suzi.

A Floricultura Aquarela ainda tem uma boa reserva de flores por conta de seus fornecedores, mas a proprietária está preocupada com a demanda excessiva. Josélia Fim disse que foram pedidos dezenas de orçamentos na última quinta-feira e a casa tem estrutura para confeccionar apenas oito coroas em um dia.

Na cidade, para dar conta de toda a operação, foi criado um Comitê de Trabalho em uma parceria da Chapecoense com a prefeitura municipal e o governo do Estado. Cerca de mil profissionais das Polícias Militar, Civil e Federal, Corpo de Bombeiros, Exército, Guarda Municipal e Força Nacional estarão trabalhando para garantir o bom andamento do cortejo e a segurança da população e de todos os envolvidos no velório.

“É uma das maiores operações da cidade. Serão 20 mil pessoas dentro do estádio e 100 mil no total. Teremos telões na área externa para as pessoas acompanharem. É muito doloroso, mas Chapecó vai dar conta, vamos conseguir nos reerguer”, conta o vice-prefeito eleito da cidade, Elio Francisco Cella que tem participado das reuniões.

Cortejo e velório

Os últimos dias têm sido de encontros constantes para organizar toda a parte logística do cortejo e do velório. Os corpos vão chegar na cidade entre 0h e 6h de sábado. A expectativa é que o presidente Michel Temer esteja presente no aeroporto para realizar um ato cívico e diplomático de recebimento dos corpos.

Em seguida, os corpos sairão em três caminhões abertos e plotados com homenagens da Chapecoense e farão um cortejo pela cidade. Já foram estudadas três rotas que podem ser seguidas para que mais pessoas da cidade possam acompanhar o cortejo.

Na Arena Condá, os caixões ficarão enfileirados embaixo de tendas. Apenas os parentes mais próximos poderão ficar no local e serão identificados com uma credencial. A ideia é que por 45 min o acesso seja restrito para que os entes queridos tenham privacidade.

A cerimônia não deve demorar muito mais que 2h. A expectativa é que 51 corpos sejam velados na Arena Condá antes de serem enterrados na cidade ou levados a outras localidades. Algumas famílias já confirmaram que os corpos irão direto para suas cidades de origem. É o caso do técnico Caio Júnior e dos jornalistas da TV Globo e do Fox Sports.

NOTA DO INEP SOBRE INQUÉRITO PF/ENEM

Comunicado à Imprensa

Diante do vazamento de parte do inquérito da Polícia Federal que investiga quadrilhas envolvidas em fraudes praticadas contra o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que está em curso e transcorre em caráter sigiloso, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) esclarece:
1. O INEP oficiou, nesta quinta-feira, a Superintendência da Polícia Federal (ofício 4076, de 01/12/2016) sobre o referido vazamento, sendo informado que o inquérito está em curso e corre sob sigilo. Ao contrário do que informou o procurador Oscar Costa Filho, do Ministério Público do Ceará, o inquérito não foi concluído;

2. O INEP reafirma que as operações deflagradas no último dia 06/11 são reflexo da ação conjunta com a Polícia Federal, que trabalham em parceria para garantir a segurança e a lisura do certame;

3. Os casos de tentativa de fraude identificados estão sob investigação e delimitarão a responsabilidade dos envolvidos. Não há indicio de vazamento de gabarito oficial. Como é de conhecimento público, a Polícia Federal já efetuou prisões de envolvidos na tentativa de fraude e o INEP já os excluiu do Exame;

4. O INEP reitera o empenho de colaborar com a Polícia Federal para apurar os fatos, garantindo que não haja prejuízo aos participantes do ENEM 2016;

5. O INEP lamenta que o procurador Oscar Costa Filho do Ministério Público do Ceará use da prerrogativa institucional de ter acesso ao inquérito para vazar informações antes da Polícia Federal concluí-lo. Segundo a Polícia Federal foi submetido ao procurador o pedido de extensão do prazo do inquérito e, com isso, este teve acesso às investigações em curso;

6. Ao mesmo tempo, o INEP estranha o fato de que este procurador venha a público, mais uma vez, às vésperas da aplicação de provas do ENEM, marcadas para os dias 3 e 4 de dezembro, gerar fatos que provocam tumulto e insegurança para milhares de estudantes inscritos. O INEP lembra que o procurador tem histórico de tentativas de impedir a realização do ENEM em anos anteriores;

7. Por fim, o INEP reitera que o Enem foi realizado com segurança para mais de 5,8 milhões de estudantes nos dias 5 e 6 de novembro de 2016. A segunda aplicação do Exame, que acontecerá no próximo final de semana, dias 3 e 4, para 277 mil candidatos, se fez necessária por conta das ocupações em locais de aplicação ou em decorrência de problemas de infraestrutura ocorridas nas datas das primeiras provas.

Assessoria de Comunicação Social

MORO QUESTIONA PROJETO DE ABUSO DE AUTORIDADE E É IRONIZADO POR MENDES

gilmar-moroO ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ironizou um argumento do juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, em um debate no Senado sobre o projeto do abuso de autoridade. Moro havia dito que “talvez” não seja o “melhor momento” para aprovação do texto, tendo em vista as diversas operações policiais em curso. Após o discurso de Moro, foi a vez de Gilmar subir à tribuna. Ele questionou se seria preciso aguardar um “ano sabático das operações” para aprovar o projeto e disse que o argumento não fazia sentido.

O texto do abuso de autoridade, que tramita na Casa, prevê endurecimento as punições aplicadas a juízes, promotores e delegados que vierem a cometer algum tipo de excesso. Setores ligados a juízes e a integrantes do Ministério Público veem na medida uma forma de coibir investigações como a Lava Jato.

Moro falou no debate logo antes de Mendes. Na argumentação, o juiz disse que há riscos de a atividade de magistrados e do Ministério Público ser limitada caso o projeto vire lei da forma como foi originalmente proposto. Segundo o juiz, o Senado poderia passar uma “mensagem errada” à sociedade.

“Talvez não seja o melhor momento para deliberação de uma nova lei de abuso de autoridade, considerando o contexto que existe uma operação importante, não só a Lava Jato, mas várias outras ações importantes”, afirmou Moro.

Após a fala de Moro, foi a vez de Gilmar Mendes discursar. Ele rebateu o argumento do juiz de que o momento não é propício para aprovar o projeto do abuso de autoridade. Mendes citou ainda que a proposta tramita há sete anos no Congresso.

“Qual seria o momento adequado para discutir esse tema, de um projeto que tramita no Congresso há mais de sete anos?”, disse o ministro. “Vamos esperar um ano sabático das operações? Não faz sentido algum”, completou Mendes.

Pacote anticorrupção
O ministro e o juiz também discordaram sobre o pacote de medidas contra a corrupção, proposto pelo Ministério Público e aprovado pela Câmara na madrugada desta quarta-feira (30) com diversas mudanças em relação ao texto original.

Um dos pontos mais polêmicos no texto aprovado pela Câmara foi a proposta de punição de juízes e membros do Ministério Público por abuso de autoridade.
Afirmando não querer “censurar a Câmara”, Moro disse que esse ponto deveria ter sido debatido antes de ser incluído no texto.

“Emendas da meia-noite, que não permitem avaliação por parte da sociedade, que não permitem debate da sociedade, não são apropriadas tratando de temas tão sensíveis”, disse Moro.

Mendes, por sua vez, não criticou a Câmara, mas sim o Ministério Público e as medidas que foram apresentadas inicialmente.

O ministro questionou o ponto que alteraria regras sobre a concessão de habeas corpus e que acabou retirado do projeto pelos deputados. “Era uma concepção autoritária”, disse. Para Mendes, “felizmente” a Câmara rejeitou esse ponto do projeto.

O ministro ainda afirmou que não é um argumento válido a favor do pacote anticorrupção afirmar que a proposta foi assinada por 2 milhões de pessoas.

“Não venham com argumento de chancela de 2 milhões de pessoas, porque eu duvido que esses 2 milhões de pessoas tivessem consciência disso”, afirmou.

Na opinião do ministro, a Câmara também fez bem ao rejeitar pontos como os que definiam uso de provas obtidas de forma ilícita e o que estabelecia um teste de integridade.
quarta, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), colocou em votação um requerimento de urgência para que o projeto sobre corrupção, aprovado na madrugada pela Câmara, fosse votado pelos senadores ainda na noite desta quarta-feira (30), mas não conseguiu.

Ele presidiu a sessão de debates à qual Moro e Mendes estavam presentes e, ao lado do juiz da Lava Jato, disse que considera a operação “sagrada”.(G1, Brasília)

MINISTRO MENDONÇA FILHO PEDE À POLÍCIA FEDERAL APURAÇÃO DE ATOS DE VANDALISMO NO MEC E PUNIÇÃO DOS RESPONSÁVEIS

menO ministro da Educação, Mendonça Filho, pediu nesta quarta-feira, 30, à Polícia Federal que apure aos atos de vandalismo que destruíram o patrimônio do Ministério da Educação, em três andares, no início da noite de terça-feira, 29. “Um vandalismo como nunca vi na vida”, disse. “Mostrou que a intolerância e a violência têm sido a prática política de alguns grupos radicais, que a gente tem de enquadrar dentro daquilo que estabelece a lei brasileira.”

O ministro ressaltou que vai pedir a punição das entidades ligadas a partidos políticos de esquerda que patrocinaram a invasão pelos seus seguidores. Nesta quarta-feira, 30, de manhã, o ministro fez uma vistoria no prédio atingido pelo vandalismo, conversou com servidores e recebeu peritos da Polícia Federal e os delegados Marcelo Borsio e Osvaldo Gomide.

O MEC repassou à Polícia Federal imagens do circuito interno de TV, vídeos feitos por servidores e fotografias. Servidores vítimas da violência foram liberados para prestar depoimentos à Polícia Federal.

A sede do MEC foi invadida, na noite de terça-feira, por manifestantes mascarados. Alguns deles usavam camisas e portavam bandeiras de entidades como CUT, UNE, DCE UFRJ, Sinasefe e PCdoB, entre outras. Os manifestantes atearam fogo em pneus e em lixo tóxico. No saguão de entrada do prédio, no térreo, quebraram vidraças, câmeras de segurança e caixas eletrônicos. Segundo a Polícia Militar, alguns usavam artefatos como coquetéis molotov. No momento da invasão, alguns servidores foram surpreendidos pelos manifestantes no primeiro e segundo andares e tiveram de deixar o prédio às pressas, num clima de pânico generalizado.

“As entidades e pessoas que foram parte desse processo de vandalismo serão responsabilizadas criminalmente porque isso não pode acontecer”, disse Mendonça Filho. “A destruição foi muito grande na parte externa do prédio e na parte interna do térreo e do primeiro andar. Realmente um vandalismo.”men1

Terror — Mendonça Filho relatou que centenas de servidores viveram momentos de terror. “Alguns chegaram a perder o controle. Imagine um prédio como esse, com centenas de funcionários trabalhando, sendo invadido por um grupo de mascarados com pedaços de pau, ferro, bancos”, afirmou. “Poderia ter acontecido uma tragédia pior ainda, envolvendo pessoas. Felizmente a tragédia se limitou, nesse aspecto, à questão material, que deve ser cobrada daqueles que têm responsabilidade direta na organização do protesto, sejam pessoas ou entidades por trás dessas pessoas.”

Destruição — Em avaliação preliminar, foi identificada a destruição de 38 placas de vidro da fachada do prédio, cada uma com 5 metros quadrados, espelhos de fachadas e de elevadores, revestimentos de paredes, divisórias de madeira e de vidro, computadores, câmeras de segurança, balcões de vidro da entrada do prédio, televisores, além de cinco caixas eletrônicos. Os manifestantes ainda roubaram extintores de incêndio, cadeiras, bancos e computadores e depredaram um carro oficial.

“Qualquer protesto tem de ser assegurado dentro do espírito democrático”, disse o ministro. “As pessoas podem se posicionar e expressar seu posicionamento sem agredir o outro e sem que isso seja traduzido em atos de violência e depredação do patrimônio público, como ocorreu aqui no MEC.”

Além da fachada externa e do térreo, os manifestantes subiram até o segundo andar do prédio e destruíram instalações da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) e parte da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi).

De acordo com o ministro, o MEC vai funcionar normalmente nesta quarta-feira. “Temos de encarar isso como uma etapa negativa que ocorreu, mas não podemos, de forma alguma, nos intimidar”, afirmou. “Vou continuar trabalhando. Trabalhei ontem (terça, 29) até 21h no prédio, pedi garantias à Polícia Militar do Distrito Federal, que enviou a tropa de choque para expulsar os invasores, repelir as agressões e garantir o direito ao trabalho dos servidores públicos que estavam aqui. Vamos continuar trabalhando, prestando o nosso serviço à sociedade brasileira.”