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Crônica de Ademar Rafael

A MÚSICA DA MINHA INFÂNCIA

Por: Ademar Rafael

Um dos meus vícios é ouvir rádio, aprendi com meu saudoso pai na época que morávamos na Quixaba – Jabitacá – PE. Era sagrado ouvirmos cantorias na Borborema de Campina Grande – PB, Espinharas de Patos – PB e Pajeú de Afogados da Ingazeira – PE. Na calçada da casa onde nasci os moradores ficavam em silêncio para ouvir a “Voz do Brasil” e outros programas que meu pai sintonizava no velho ABC, “A voz de Ouro”.

Na época que deixei meu sertão para andar pelo Brasil, na condição de funcionário do Banco do Brasil perdi o contato com tais emissoras, no entanto, o Programa “Adelzon Alves o amigo da madrugada”, na Rádio Globo – Rio de Janeiro –RJ foi meu companheiro muitas noites.

Quando voltei para o nordeste em 2015, já com o advento da internet, voltei a ouvir regularmente a Rádio Pajeú. Recentemente da inquietude poética de Alexandre Morais fez nascer o “Palco Pajeú”, programa que tive a honra de participar no último sábado de 2019.

É o que de melhor apareceu nos últimos anos. A quarentena da COVID-19 não interrompeu sua apresentação, Alexandre Morais e Ney Gomes se viram nos 120 – a atração tem duas horas de duração – para levar aos ouvintes o “Palco Pajeú”.

O programa de 24.04.20 trouxe como tema “A música de minha infância”. Ao sintonizar a Rádio Pajeú 99,3 naquela tarde de sábado rodou um filme em minha memória para resgatar a música da minha infância. Foi fácil localizar não apenas uma, mas, três: “Coração de Luto”, de Teixeirinha; “Serrote Agudo”, de Luiz Gonzaga e Zé Marcolino e “Índia”, de Manuel Ortiz Guerrero e José Asunción Flores, versão de José Fortuna e imortalizada nas vozes de Cascatinha & Inhana.

Hoje, cinquenta anos depois, tenho certeza que em um filme sobre minha vida as três músicas acima estariam na trilha sonora.


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