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Crônica de Ademar Rafael

QUEM DEVE EDUCAR?

Por: Ademar Rafael

Em entrevista para Revista Família Cristã, cujo tema foi “Quais são os rumos de educação e da família no Brasil?” o filósofo e educador Mario Sérgio Cortella assim sintetizou sua visão sobre o assunto: “O processo educativo entendido como educação continuada do ser humano do momento da concepção até o fim da vida, dá-se em todas as instituições sociais. Uma delas é a escola, que o fez de um modo deliberativo, estruturado, organizado. Contudo, a família é a responsável original pela formação das crianças a família do ponto de vista primário, como ponto de partida, e o poder público secundariamente, de forma subsidiária. É muito curioso porque, muitas vezes, diz-se que a família deve ajudar a escola na educação de seus filhos, quando é exatamente o inverso.”

Preferimos não cortar uma única palavra na resposta do grande pensador brasileiro por entendermos que fora dela pouco encontraremos com tanto acerto e contundência sobre o tema.

É inegável que os tempos mudaram, os pais precisam trabalhar para “pagar as contas” e viver com conforto mínimo. É real que a cada dia os filhos são jogados em ambientes denominados de “creches” onde os filhos são criados ao bel-prazer de “cuidadores” que muitas vezes nada cuidam, principalmente por faltar algo que Içami Tiba nos ensinou há muito tempo em “Quem ama educa” e que encontramos também na obra de Frei Leonardo Boff.

Temos certeza absoluta que existem excelentes “creches” e extraordinárias “escolas”, mas, seguimos a linha de pensamento de Cortella, nesta lógica ao fazermos uma analogia com a cobertura de uma casa, diremos com poucas restrições: “As instituições de ensino podem ser, no máximo os caibros e as ripas, jamais poderão ser as linhas”.

A escola pode ser apoio a base obrigatoriamente é a família. É este o enigma que as gerações atuais precisam decifrar, com urgência.


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