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Na Frente Popular, leu-se ‘sinalização clara’ de Lula

Por: Renata Bezerra de Melo – Folha Política

O aceno ficou nas entrelinhas. Ao menos, integrantes da Frente Popular enxergaram, ontem, nas palavras do ex-presidente Lula, uma “sinalização clara” a favor de uma aliança entre PT e PSB no Estado. Governistas fizeram uma leitura de que, inclusive, Lula nivelou as três pré-candidaturas do PT, citando-as sem maior ênfase no nome de Marília Arraes. Isso foi anotado. “O PT pode voltar a conversar com o PSB, pode conversar com Armando Monteiro, pode ter candidatura própria. Nós temos pré-candidatos. Temos Marília, Odacy (Amorim), José de Oliveira. Não quero precipitar um fato”, ponderou Lula em entrevista à Rádio Jornal. Grifou a “relação muito forte” com Eduardo Campos e lembrou ter havido “fissura e problemas” entre PSB e PT. Mas contemporizou: “Tudo isso faz parte do cenário local”. E fez um chamamento para que, diante da nova eleição, os partidos decidam se é melhor brigar ou se aliar, pediu que pensem no que é melhor para Pernambuco. “Se é continuar brigando com possível aliado, capaz de construir um programa para o Estado, ou se vai, simplesmente, fazer sozinho eleição, se não vai fazer aliança com ninguém”.

O líder-mor do PT pediu “maturidade” na discussão. As declarações de Lula vêm um dia após o prefeito Geraldo Julio comparar o PSB ao PT por não serem da “turma de Temer”. As palavras de Geraldo, por sua vez, vieram na esteira das proferidas, à coluna, pelo senador Humberto Costa, que tachou de “meia boca” o discurso de “pessoas que querem ser candidatas do PT” e advertiu que “os verdadeiros adversários nossos são os que fazem o palanque de Temer, onde está aquele pessoal todo da direita histórica, que nunca aceitou nem (Miguel) Arraes”. A reaproximação já vinha se desenhando de antes. Ainda em agosto, Lula jantou na casa de Renata Campos, onde teve conversas descontraídas com o governador Paulo Câmara. Pouco antes, Paulo Câmara já havia recebido o ex-prefeito Fernando Haddad. Ontem, o próprio governador assinalou haver “mais convergências do que divergências” entre PT e PSB. E essas convergências vão ganhando contornos públicos.


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