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OPINIÃO DO PERNINHA

Rir ou chorar, por onde começamos?

Faltando pouco mais de quatro meses para o encerramento do exercício financeiro de 2017, o governo federal assume publicamente a dificuldade no fechamento das contas públicas, estimando que o déficit será bem maior que o previsto. Observando pela ótica da razão, haveremos de convir que a torneira do erário foi aberta com força total – agora em julho – para liberação de verbas destinadas a comprar apoio das bases aliadas, que votaram pelo arquivamento das denúncias que pesam/pesavam sobre o presidente Michel Temer. Foi muita grana torrada com finalidade totalmente política e de forma desrespeitosa aos brasileiros se levarmos em conta o quadro de incertezas que o País atravessa.

Mas não é assim que pensa o governo. No dia 21 de julho, em viagem à Argentina, o presidente disse que “a população iria entender o aumento dos impostos”, quando se referia aos R$ 78 milhões de reais que o governo passou a arrecadar diariamente só com o recente aumento dos impostos sobre os combustíveis. Isso representa em média R$ 18,00 a mais toda vez que você completar o tanque de combustível do seu veículo.

Parece pouco se levarmos em conta os R$ 200 bilhões de reais, anualmente desviados pela corrupção, nos escândalos escabrosos que temos acompanhado pela imprensa em geral. Ao chegar em Mendoza, na Argentina, o presidente Temer afirmou que a decisão de aumentar PIS e COFINS para gasolina, diesel e etanol está em linha com a responsabilidade fiscal e será bem compreendida pelos brasileiros. Disse ainda: “A população vai compreender porque esse é um governo que não mente”. Realmente, ele diz que baixa o “cacete” e baixa mesmo.

Aqui perguntamos: Por que será que os governantes só aumentam o que nos prejudica? Ninguém aumenta a segurança, os atendimentos médicos, os recursos para a educação, os números de empregos, etc. Em resposta ao presidente diríamos que o aumento dos impostos, além de abusivo, cheira a total irresponsabilidade fiscal e aos desmandos pela corrupção. Para o governo a equação é de fácil resolução. Nos roubam bilhões e mais bilhões, deixam de aprovar medidas anticorrupção que pedem urgência, gastam mais do que devem em emendas milionárias para compra de votos e depois, na cara de pau, colocam a conta no bolso do pobre trabalhador.

Para recuperar a nossa dignidade, fazemos coro com as palavras ditas pelo Procurador da República, Deltan Dallagnol, quando criticou o aumento: “Toda vez que eu for abastecer o carro, que eu pensar na saúde, segurança e educação dos pobres, que eu topar com buracos em estradas e infraestrutura precária que prejudica investimentos, vou lembrar disso tudo. E em 2018 vou mostrar toda a minha compreensão do que está acontecendo e dar minha resposta contra os corruptos, como cidadão, nas urnas”.

E você, vai fazer o quê?

Danizete Siqueira de Lima – Afogados da Ingazeira – PE – agosto de 2017.


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