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A VOLTA DA OPINIÃO DO PERNINHA

Depois de umas merecidas férias, o nosso amigo e colaborador Danizete Siqueira de Lima, popularmente conhecido como Perninha, volta a escrever todas as quartas-feiras, sua opinião.

Uma praça de eventos

Na primeira crônica do ano falaremos sobre as festividades que acontecem em nossa cidade em um período relativamente curto. São mais ou menos 3 meses entre o ano que se finda e o que se aproxima. É assim todos os anos e o ritual se repete. Em Dezembro, as atenções são voltadas para a tradicional festa do padroeiro, quando a cidade recebe milhares de visitantes, uma boa parte composta de filhos que moram distante e vêm matar as saudades dos seus familiares. As ruas são invadidas por parques de diversões que fazem a alegria da criançada e o número de veículos que passa a circular pelas nossas avenidas deixa o trânsito, já caótico, em estado de loucura, até a primeira semana de janeiro.

Normalmente – após os dias 5 ou 6 de janeiro – a cidade se esvazia por alguns dias: os parques são desarmados, os visitantes viajam de volta aos seus lares e começa a arrumação para o famoso Afogareta que, neste ano, teve a sua 19ª edição entre os dias 13 e 15 de janeiro e, na semana seguinte, o Encontro de Motociclistas entre 20 e 22 do mesmo mês.

São dois eventos já tradicionais que impulsionam a arrecadação do município aquecendo a nossa economia, por atrair pessoas dos recantos mais longínquos. Portanto, são eventos importantes e que não nos opomos às suas realizações. Ao contrário, torcemos para que eles façam cada vez mais sucesso engrandecendo e atraindo muito mais turistas para a nossa querida Afogados.

A nossa crítica é com relação a falta de mobilidade urbana. Observem que todos os eventos acontecem no coração da cidade e as principais vias de acesso ficam intransitáveis, a exemplo da Av. Rio Branco, Praça Monsenhor Arruda Câmara e ruas adjacentes, com um pequeno detalhe: Os eventos que dependem de armação de palcos interditam as ruas com três ou quatro dias de antecedência, com uma sinalização mais que precária (quando existe) e o
trânsito vira um inferno.

Aí vem a nossa pergunta: há interesse público nesses eventos? Acreditamos que sim. Se há, porque não procurarmos soluções viáveis às suas melhoras a exemplo de Sertânia, Carnaíba e até Quixaba (cidade com apenas 25 anos de emancipação) e que contam com pátios apropriados para realizações dessa natureza. Não há como relutar, precisamos com urgência criar uma praça de eventos afastada do centro para melhorar a mobilidade e promover mais
êxito na realização dos citados eventos. Assim sendo, ficariam gratos a população, os promoventes e os visitantes que por aqui passam durante os festejos.

E ainda: os moradores que optassem por não participar das festividades teriam o direito a um repouso mais tranquilo sem demonstrar qualquer tipo de repúdio às tradicionais festas ocorridas em vias públicas de nossa cidade.

Danizete Siqueira de Lima.
Afogados da Ingazeira – PE – fevereiro de 2017


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