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PSICOLOGIA INFORMA

THAISSerá que as mães devem ser boas sempre?

Você já ouviu a frase “mãe suficientemente boa”? Já parou para pensar o que ela significa? Recentemente, o Papa Francisco, em uma de suas pregações, chamou a atenção dos pais pedindo para que eles dessem mais limites à educação dos seus filhos. É isso que há muitos anos o psicanalista Donald Winnicott quis enfatizar no termo. A mãe não precisa ser boa, e sim, suficientemente boa, ou seja, boa o suficiente para corrigir e punir quando for preciso dar limites.

Algumas mães sentem dificuldade de dizer “NÃO” às crianças devido a vários motivos como superproteção, histórico de perdas familiares, falta de paciência de lidar com a situação que a palavra pode gerar, e isso está fazendo surgir uma geração de crianças e adolescentes frágeis às dificuldades que a sociedade as impõe, isto é, jovens incapazes de lidar com as frustrações e os “NÃOs” que o mundo trará. É importante que eles aprendam a viver sabendo que não vão ter sempre a “mãaaae” por perto, assim, terão maturidade psicológica para crescerem sozinhos.

Na terapia, o psicólogo ajuda a perceber as falhas na educação e busca o equilíbrio entre os comportamentos de mãe e filho. A mãe que não consegue impor seus limites precisa resgatar a sua autonomia e ter a coragem de sair da zona de conforto que a faz tolerar demais, recuperando assim a capacidade disciplinar necessária à condução da educação infantil e contribuindo para formar cidadãos mais preparados para o mundo.

Thaís Alves é Psicóloga Clínica (CRP: 02/17550), integrante da equipe do Centro de Diagnóstico Iracy Pires, em Afogados da Ingazeira; é mestranda em Saúde Pública e todas as terças assina a coluna PSICOLOGIA INFORMA.


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