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“EU VOU VIVER PARA PEDIR JUSTIÇA”, DIZ MÃE DE MENINA ESFAQUEADA EM ESCOLA

casal1Dois meses após o crime, os pais da menina de 7 anos que foi morta a facadas em uma festa de formatura na cidade de Petrolina, sertão de Pernambuco, falaram pela primeira vez sobre a morte, que segue sem solução. Beatriz Angélica Mota morreu em 10 de dezembro do ano passado. Ela morava com os pais e irmãos em uma chácara na zona rural de Juazeiro, região norte da Bahia.

O pai da menina, Romilton Ferreira da Silva, era professor de inglês da instituição onde aconteceu o crime. Desde a noite do assassinato até esta quinta-feira (11), quando Beatriz completaria oito anos, dois delegados de Polícia Civil entraram no caso, mas o crime ainda não foi desvendado.

A mãe da vítima, Lúcia Mota, cobra que o suspeito do crime seja identificado. “Eu vou viver para pedir justiça porque a polícia tem que nos dar uma resposta e a escola também”, diz. “Ainda não conseguimos retomar [a rotina]. Está sendo muito dificil. De uma certa forma, para a gente, parou tudo no tempo. Para ter uma ideia, não conseguimos retonar para a nossa casa”, contou.

O pai da menina ainda não conseguiu voltar ao trabalho, mesmo local onde a filha foi morta.

“Eu estou licenciado da escola para me organizar, mas eu não sei dizer quando terei condições de retornar à sala de aula”, afirma.

“Quando a gente perde um filho, a gente perde o nosso futuro, não tem expectativa do que vai fazer, de seguir adiante”, lamenta.

“A gente apela para que as pessoas liguem para o Disque Denúncia. Temos que pedir que a polícia e a escola nos dê uma resposta”, pede.

Crime
Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, foi assassinada na noite de 10 de dezembro, com vários golpes de faca, durante uma solenidade de formatura do Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora, no Centro de Petrolina, no Sertão de Pernambuco.

A vítima estudava na escola, que ainda não se pronunciou sobre o caso. Estudantes realizaram um ato em frente ao colégio onde criança foi morta. Eles se reuniram para fazer uma oração e pedir paz e Justiça.

Segundo a Polícia Militar, a menina foi ao evento com os pais. O professor saiu de perto delas para participar da cerimônia. Minutos depois, a mãe percebeu que a filha tinha sumido.

Uma testemunha que estava na festa e que preferiu não se identificar contou o que viu. “Já perto do final da festa, quando a banda tocava, o professor Sandro subiu ao palco, já bastante angustiado e começou a chamar pela filha dele, perguntando: ‘Bia, minha filha, cadê você? Pessoal, alguém achou a minha filha?'”, afirmou.

A testemunha disse que, depois, o pai foi ao palco mais uma vez para chamar pela filha, dizendo que já tinha procurado em todos os lugares.

“Nesse momento, a festa parou, e todo mundo começou a deixar o centro da quadra. Foi quando o pessoal ouviu um barulho, muitos gritos. E as primeiras pessoas que entraram [num depósito de material] já saíram chorando e dizendo que tinham encontrado a menina morta”, relatou.

A criança foi achada em um local reservado, um depósito de material esportivo desativado, ao lado da quadra de esportes onde acontecia a formatura. Ela tinha ferimentos no tórax, membros superiores e inferiores. A polícia descartou a possibilidade de violência sexual.

A faca usada no crime, de tipo peixeira, foi encontrada cravada na região do abdômen da criança.

Investigações
A Polícia Militar (PM), Polícia Civil (PC), Instituto de Medicina Legal (IML) e o Instituto de Criminalística (IC) foram acionados. A área foi isolada e foi feita uma varredura no colégio para tentar encontrar vestígios do crime.

A delegada responsável pelo caso, Sara Machado, informou, em dezembro do ano passado, que havia poucas crianças da mesma idade no local e que a mãe logo percebeu a ausência da filha.

“O crime, que infelizmente aconteceu de forma bárbara, chocou toda a população de Petrolina”, disse Sara. Segundo ela, a Delegacia de Homicídios já investiga o caso.

“Os policiais estão fazendo o levantamento em relação a testemunhas, câmeras de segurança e outros meios de provas que possam levar à elucidação do crime”, afirmou. Câmeras de segurança do colégio, de estabelecimentos comerciais próximos e da equipe contratada para fazer a filmagem do evento já foram solicitadas. (Do G1 BA, com informações da TV São Francisco)


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