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SECA É TEMA DE SESSÃO ESPECIAL NA ASSEMBLEIA

Depois que o governador Eduardo Campos (PSB) pressionou o governo federal para realizar ações imediatas contra os efeitos da seca no estado, a Assembleia Legislativa de Pernambuco realizou, nesta segunda-feira (5), uma sessão especial para discutir o tema. A pedido do líder de governo, Waldemar Borges (PSB), os secretários de Agricultura, Ranilson Ramos, e de Recursos Hídricos, Almir Cirilo, foram à Casa para discutir os efeitos da estiagem no Agreste e no Sertão e cobrar, sutilmente, mais recursos do Ministério da Integração. Também participaram do evento representantes de diversas instituições como a Amupe (Associação Municipalista de Pernambuco), a Fetape, entre outras.

De acordo com Waldemar Borges, o objetivo do encontro é saber o que está sendo feito no enfrentamento imédiato. Ele destacou ainda que o problema mais grave são as dificuldades futuras. “Na semana passada,  sobrevoei regiões do estado com o governador e o cenário foi desolador. Não vimos animais mortos, o que chama atenção para a extinção do rebanho”, acrescentou. Na opinião dele, a maioria dos animais já morreram ou foram transferidos para outras áreas. Antecipando futuras críticas ao governo do estado, Waldemar saiu na defesa do governador. “O governo nunca se omitiu nem colocou nada debaixo do tapete. Sempre se preocupou em levar à discussão”,disse o socialista.

A deputada e relatora do tema na Casa, Isabel Cristina também ressaltou a preocupação com o pós-seca. Com base no relatório parcial, ela questionou o porquê de outros municípios, além dos já privilegiados, não foram contemplados com a transposição do Rio São Francisco.

O secretário Ranilson Ramos fez um balanço dos prejuízos com a seca. Segundo ele, 1,1 milhão de pessoas sofrem com o efeito do problema e a expectativa do governo do estado é que cerca de 800 mil animais morram de fome e sede.”Estamos entrando na pior fase da seca. O governo tomou uma decisão que convoca os conselhos municipais para capacitá-los”, afirmou, endossando a necessidade de trabalhar a infraestrutura para depois do período da estiagem.

Já de acordo com o secretário de Recursos Hídricos, Almir Cirilo, até o momento, o governo investe R$ 34 milhões do tesouro do estado em ações de curto prazo. Cirilo disse ainda que vai se reunir amanhã com Eduardo Campos para definir os novos recursos. “Não está sendo fácil, é um trabalho intenso. Ainda falta muita para fazer, mas se não tivéssemos feito o que já fizemos, seria pior” disse Cirilo destacando que os trabalhos começaram no governo de Miguel Arraes.


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