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DEPUTADOS BRIGAM POR ESPAÇO DE DESTAQUE NA ALEPE

 Articulada por governistas e avalizada pelo governador Eduardo Campos (PSB), a chapa da futura mesa diretora da Assembleia Legislativa – que toma posse em 1º de fevereiro de 2013, com mandato até 2015 – assegura a terceira reeleição do presidente Guilherme Uchoa (PDT) e do 1º secretário João Fernando Coutinho (PSB). Mas já começa a dar sinais de não ter a unanimidade da bancada governista.

A iniciativa vem enfrentando resistências à recondução de alguns deputados e gerando disputas internas entre os partido pela indicação de nomes. Com a eleição marcada para 3 de dezembro, deputados admitem, nos bastidores, que a articulação pode exigir uma maior interferência do Palácio do Campo das Princesas, para evitar disputas no plenário.

Nem a recondução de Uchoa e Coutinho seria consenso. O próprio PSB não teria, na totalidade de seus dez parlamentares, assinado o documento de apoio a reeleição. “O líder do governo (Waldemar Borges, PSB) não assinou o documento de apoio à reeleição de Uchoa e Coutinho”, confidenciou um governista.

“Há quem fique reticente quando se pergunta se esses nomes estão consolidados”, confirma um segundo governista. Os cochichos de pé de orelha na Assembleia já não disfarçam embates internos nos partidos que compõem a atual mesa para a indicação dos nomes da próxima. A discórdia estaria no seio das duas maiores bancadas governistas, o PSB e o PTB, com mais de um deputado querendo a vaga.

É o caso da 1ª vice-presidência, ocupada por Marcantônio Dourado, do PTB. O partido indicou Júlio Cavalcanti para o cargo, mas o atual ocupante reivindica a permanência, seguindo os exemplos de Uchoa e Coutinho.

Na 2ª vice-presidência, exercida pelo maior partido de oposição, o PSDB, com seis deputados, a vaga – hoje ocupada por Edson Vieira, que foi eleito prefeito de Santa Cruz do Capibaribe – seria dada Claudiano Martins Filho. O atual líder da oposição, tucano Antônio Moraes, inicialmente postulou, mas decidiu abrir mão.

O PSDB espera apenas o endosso do presidente nacional, Sérgio Guerra. “Toda unanimidade é burra”, afirmou outro governista, plagiando frase do polêmico escritor Nelson Rodrigues para reconhecer que há dissidências quanto à chapa palaciana.

Apesar de toda a influência do Palácio na composição, o interesse pelos cargos na mesa – que assegura mais verbas e mais cargos nos gabinetes – despertou a ambição até do quase sempre indiferente PT. Ocupante da 2ª secretaria, com o deputado Sérgio Leite, derrotado pelo PSB na disputa pela prefeitura de Paulista, a bancada petista já indicou André Campos, um dos escudeiros do prefeito do Recife, João da Costa, na prolongada guerra interna com o senador Humberto Costa e o ex-prefeito João Paulo.

André, porém, estaria reivindicando a 2ª vice-presidência. Já com relação à 4ª secretaria, estaria havendo uma disputa aberta. Eriberto Medeiros reivindica a manutenção do cargo nas mãos do PTC, mas o Palácio pretende transferir para o mais novo partido na base do governo, o PSD. O nome escolhido é Everaldo Cabral. O PTC diz que disputará a vaga em plenário.


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